Sessão D.R. - Aprendendo a voar!
24 de fev. de 2014
por
Neluma Magalhães
Não sei a quanto tempo conheço o blog do Ique (esse), mas poxa, sou apaixonada desde então! Me pego relendo seus textos antigos quando tenho um tempinho de sobra, e como se não bastasse seu dom para escrever, ele ainda acompanha cada post com uma trilha sonora maravilhosa... é muito talento! O blog conta histórias da vida dele, de amigos que pedem conselhos, relacionamentos em geral, juro que ele me fez ver algumas situações com outros olhos! São crônicas incríveis, não resisti em compartilhar com vocês!
Para ouvir enquanto lê:
"Hoje uma mulher perguntou:
Ique, Meu namorado me traiu. Porque uma pessoa que diz que te ama faz isso? Tenho medo de não me apaixonar novamente. Fico trancada no meu quarto chorando sem vontade pra nada. Me sinto sem saída.
Quem me conhece, sabe que tenho medo de avião. Aos 16 anos, fiz minha primeira viagem. Na sala de embarque, meu pai abre uma mochila, e tira o Buzz Lightyear. O patrulheiro espacial de Toy Story (esse). Me entrega e diz: “Antes de decolar, segure-o e aperte esse botão”.
Dentro do avião, escuto uma voz: “Tripulação, preparar para decolagem.” Segurei o Buzz. Apertei o botão, ele disse: “Ao infinito e além”. O BUZZ virou meu companheiro.
Alguns anos atrás… Uma namorada, antes de viajar, perguntou: “Posso levar o BUZZ?” Respondi: “Sim”.
2 dias depois… Ela ligou: “O Thiago meu ex está aqui.” Eu: “Me diga que ele foi atropelado por um ônibus e depois atacado por zumbis hipsters.” Ela começou a chorar e disse: “Nós ficamos”.
Esse é o problema com as tragédias. Elas vêm aos montes. Em uma ligação, fui traído, perdi a namorada, o BUZZ, e a capacidade de voar.
Ligo o computador. Aparece uma pasta com o nome: “Amor” Com apenas um clique, apaguei 153,7MB de amor. Pena que o meu coração, não funciona tão bem quanto meu Mac. Demorei 4 meses para perceber. Que estava vivendo, para desperdiçar outro dia. Que para seguir em frente, você precisa deixar o pra trás. Então deixei. E me dei, a chance para recomeçar.
Conheci uma nova pessoa. Fomos dar uma volta, tomar um café. Ela levantou e disse: “Vamos para a minha casa?’ Respondi: “Está tentando me seduzir?” Ela: “Sim.” Chegando lá, um prédio de 28 andares, no centro da cidade. Quem me conhece, sabe que tenho medo de elevador. Ainda mais elevador, no centro de Belo Horizonte. Que são os mesmos desde 1839. Ela disse: “O elevador chegou” Eu: “Acho que vou de escada.” Ela: “Ique.” Eu: “O que?” Ela: “É no 20 andar” Abri a porta da escada. Ela: “Espera!” Eu: “O que?” Ela: “Quem chegar por último paga a pizza!”
No décimo segundo andar, consegui alcança-la. Apertei seu corpo contra a parede. Minha mão que estava na sua cintura, agora descia para sua intimidade. Perdemos o fôlego. Abri a porta. Me senti uma criança que acaba de tirar o aparelho, e sai andando pela rua sorrindo, curtindo a sensação, de sentir os dentes novamente. Dizem que estamos aqui supostamente, para sermos felizes. Naquele dia, não procurei o famoso “feliz para sempre”. Procurei a felicidade discreta. O “feliz nesse exato momento”. E lembrei, que uma vez ou outra, uma pessoa, pode até, te deixar sem fôlego."
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Postar um comentário
Obrigado pela sua visita, vou adorar receber seu comentário!
0 comentários